O historiador busca conhecer o passado e interpretá-lo de várias
formas, por isso ele não é o “dono da verdade”. Afinal, que é a verdade?
Existiria somente uma única verdade?
A História é o estudo das ações humanas no passado e no presente,
ou como defende o grande historiador Marc Bloch, a “ciência dos homens no
tempo”.
Fazer perguntas sobre a vida humana e buscar respostas para elas é
o trabalho do historiador. Essas perguntas fazem parte da investigação
histórica. O historiador, que vive no presente, olha para o passado, colhe
informações importantes para a sua análise e, depois, interpreta essas
informações com os conhecimentos e os valores que possui. Por isso, podese
dizer que a História é a ciência que estuda o passado e também o
presente, bem como a relação entre um e outro.
O historiador não sabe exatamente o que aconteceu no passado. Por
isso, ele precisa reunir o maior número possível de informações que irão
ajudá-lo a reconstituir os fatos.
Em História é possível fazer novas descobertas até quando
investigamos um fato já bem estudado do passado. Podemos encontrar
novos documentos ou reinterpretar documentos já analisados. Segundo, o
historiador Marc Bloch, a diversidade dos testemunhos históricos é quase
infinita. Tudo o que o homem diz ou escreve, tudo o que constrói, tudo o
que toca, pode e deve fornecer informações sobre o fato.
O historiador só pode afirmar algo se tiver como prová-lo. Para isso,
ele utiliza-se de todos os vestígios (sinais) da passagem dos seres humanos
pela Terra: restos de suas moradias, de sua alimentação, seus instrumentos
de trabalho, seus enfeites esculturas, armas, pinturas, canções, festas,
cartas, jornais, revistas, certidões, leis, fotografias, filmes, fitas cassetes,
etc. Esses vestígios quando estudados pelo historiador são chamados fontes
históricas.
Rosana Moraes Bartmeyer